25.7.11

Metamorfose

Qual será a sua primeira lembrança?
Desejei-te a felicidade e a sua angústia me fez desistir do ódio
Insegurança
Mata os corações feridos aqueles que não sabe errar
Divertir-me por dentro em um único sorriso sem falsidade
Sou metamorfose
Consegui sentir a sua essência sem se quer amar
Quantidade é pra muitos e qualidades são pra poucos
Ah! Meu coração se distanciou do desapego de gostar
Sou livre
Irei até onde meus pés não têm limites
Posso chegar ao inferno apenas cavando um insólito buraco negro
E
Voando ao céu sem ao menos ter asas pra voar
Mas caí na perdição suplementar
Os dias se vão os anos correm
E não consigo acalantar as vontades súplicas
Estranho?
Desaparece-me pra me encontrar
Sem ao menos entender porque gostamos?
Distantes
Aprende que somos insubstituíveis
No dia em que eu te esquecer numa noite obscura e profunda de pensamentos
Você vai se lembrar que existe um coração vazio
E somente a alma pode preencher este vazio
A alma se encarnando de prazeres retribuídos
Sem ao menos convergir em tocar a nossa eterna solidão

3.7.11

Desejos Múltiplos

Ao menos uma vez quero te ter
Vem matar a sede do desejo
Não estou apaixonado por você
Mas este ego da paixão cala o silêncio da razão
Da eterna desventura de vivenciar o prazer
A carne acalantando a alma
O juízo perdido, o risco corrido
Mas você me deixou exalando arvoredos
Querendo-te mais uma vez mais
Correndo da noite fria
Se eu pudesse te ter
Faria-te amar em uma manhã de imenso calor do prazer
A alma encontrando em uma única quimera
Teve-te em minhas mãos
Mas não pude ao menos te tocar
Vê-me num ciclo sem fim
Na ilusão de na próxima vez
Matarmos um ao outro
Da nossa eterna carência de amar!